domingo, 23 de outubro de 2011

Motion Design - Principais artistas

Buscando incorporar o movimento ao seu trabalho como pintor, o alemão Walter Ruttman
fundou sua própria companhia e produziu uma série de filmes denominada Opus, testando
as possibilidades de interação de formas geométricas. Em “Opus 1” (1919-21), por exemplo,animações de formas curvas fluidas, quadradas e pontiagudas, filmadas em preto-e-branco e depois pintadas à mão, hora se alternam e hora se relacionam no quadro.


Images de “Opus 1”, filme do Walter Ruttman.

Len Lye é outro expoente do cinema de animação experimental importante
como referência para o motion graphics. Seu primeiro filme, “Tusalava” (1929), foi inspirado
na arte indígiena da Austrália. Trata-se de uma animação pintada a mão e filmada quadro a
quadro, que sugere um universo orgânico, que Lye definia como “um cruzamento entre uma
aranha e um polvo com sangue circulando através de seus tentáculos” (Krasner, 2004, p.
21). Mais tarde, desenvolveu técnicas manuais de interferência direta na película cinematográfica
que permitiram, por exemplo, combinações multicamadas de registros de cenas reais,
por vezes em silhuetas ou em alto contraste, com padrões dinâmicos de elementos gráficos,
textos e objetos variados, inclusive com cor. Na Inglaterra, entre outros filmes consagrados,
produziu as animações “Colour Box” (1935) , “Rainbow Dance” (1936), “Trade Tatoo”
(1937), “Colour Flight” (1938), e “Swinging the Lambeth Walk” (1939).


À esquerda, uma cena de “Tusalava”, e à e direita, uma imagem do filme “Rainbow
Dance”, de Len Lye.


Outros artistas dessa época exploravam bastante a relação entre imagem e música, sobretudo
através de correspondências rítmicas e associações de formas abstratas e cores a
timbres, alturas e instrumentos musicais, como Oskar Fischinger que produziu vários estudos e animações abstratas com a proposta de fazer uma “música visual”. Fischinger foi, inclusive, contratado por Walt Disney para participar do filme “Fantasia” (1940), na seqüência feita a partir da música “Tocata e Fuga em D
Menor”, de J. S. Bach, embora não tenha permanecido na equipe até o final por se recusar
a colaborar com a simplificação e alteração do seu trabalho numa direção mais representacional.
Muitos o colocam entre os maiores mestres do cinema de animação de todos os
tempos.


Alguns de seus estudos.

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